Rotina de Orientador Educacional

Já estamos no segundo semestre e fazendo uma revisão no meu plano de trabalho para este ano constatei que muita coisa não saiu da etapa de planejamento. O trabalho do Orientador Educacional sofre muito com as interferências momentâneas que terminam por comprometer as ações que visam objetivos em longo prazo.

Sempre que tenho oportunidade, converso com os professores sobre a importância das ações de prevenção, da atuação voltada para projetos coletivos, mas a solicitação ainda é bastante forte no sentido de que eu atenda os casos individuais, principalmente ligados à indisciplina e a dificuldade de aprendizagem (ou de ensinagem, como ocorre, às vezes).

Um avanço foi o combate à evasão escolar, feito de forma intensiva, através de reuniões e visitas, que realmente trouxe um bom resultado, mas ainda longe do esperado, principalmente devido à cultura local, que não prima por valorizar o processo de escolarização.

O estabelecimento de vínculo com os alunos também foi um ponto que me trouxe realizações e me fez compreender um pouco mais esse povo, pois enquanto estive na coordenação esse contato não era tão estreito.

Um grande problema no dia a dia profissional é a ausência de serviços básicos como promotoria de justiça, conselho tutelar, juizados, médicos especialistas, porque tudo isso fica a quase 400 km de distância daqui e faz com que a gente não tenha a quem recorrer, em diversas circunstâncias, nas quais isso se torna necessário.