terça-feira, 26 de maio de 2009

Objeto de Desejo


A proposta do autor e o título parecem muito instigantes, estou com muita vontade de lê-lo e deixo a dica pra quem costuma passar por aqui. Os temas abordados nesse livro de Álvaro Marchesi são:


Capítulo 1

Um problema vital
Capítulo 2

Alunos com dificuldades na aprendizagem
Capítulo 3

Alunos desmotivados
Capítulo 4

Alunos com problemas emocionais e de conduta
Capítulo 5o

Bem-estar dos professores
Capítulo 6

A família, entre o desalento e a preocupação
Capítulo 7

Melhorar a educação e ajudar os alunos com problemas escolares


Ainda não o tenho em minha biblioteca, mas espero que em breve O que será de nós, os maus alunos? faça parte do meu acervo. Boa leitura a todos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

TUDO O QUE EU QUERO DIZER AGORA

Que Oswaldo Montenegro o faça por mim.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por falar em Reforma Ortográfica

Em casos como AUTOESTIMA o hífen cai.
A sua que não pode cair.
Em algumas palavras, o acento desaparece, como em FEIURA.
Aliás, poderia desaparecer a palavra toda.
O acento também cai em IDEIA,
só que dela a gente precisa. E muito!
O trema sumiu em todas as palavras, como em INCONSEQUÊNCIA,
que também poderia sumir do mapa.
Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE.
Mas nem tudo vai mudar.
ABRAÇO continua igual.
E quanto mais apertado, melhor.
AMIZADE ainda é com "Z", como VIZINHO.
Expressões como "EU TE AMO", continuam precisando de ponto.S
e for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "X",
como ABACAXI, que gostando ou não,
a gente ainda vai ter alguns para descascar.
SOLITÁRIO ainda tem acento,
como SOLIDÁRIO, que muda só uma letra, mas faz uma enorme diferença.
CONSCIÊNCIA ainda é com SC, como SANTA CATARINA que precisa tocar a VIDA para frente.
E por falar em VIDA, bem,esta muda o tempo todo,e é por isto que emociona tanto!!!

COMO O ORIENTADOR EDUCACIONAL É VISTO POR SEUS PARES NO CONTEXTO ESCOLAR


As expectativas de gestores e professores estão de acordo com a concepção de orientação educacional adotada pelo orientador em cada instituição de ensino. As instituições onde os orientadores enfatizam que os professores muitas vezes não compreendem sua ação foram aquelas nas quais ele atua como solucionador de problemas.
O trabalho nessa linha geralmente não traz resultados satisfatórios porque nem todo problema pode ser solucionado pelo orientador principalmente quando é de origem psicológica ou social gerando frustrações tanto no próprio profissional quanto na equipe escolar.
As informações coletadas mostram que a postura dos profissionais da equipe escolar em relação ao trabalho do Orientador Educacional depende muito de sua própria atuação e que, na realidade pesquisada, houve uma superação do que foi constatado por Alves e Garcia (1994, p.50):” O que esses professores reivindicam é a orientação educacional tradicionalmente concebida, que pressupõe, entre outras coisas, a percepção individualizada do aluno, visando detectar seu ’desvio’ para ajustá-lo à escola”
Os conflitos existem em proporções menores que as esperadas e podem ser erradicados à medida que houver a conscientização de que “É o professor quem habilitado para dar aula;o diretor, para administrar a escola; o orientador, para trazer a realidade do aluno para o planejamento curricular; o supervisor, para coordenar o processo de planejamento, implementação e avaliação curriculares”.(Ibid., p.15)
É necessário que todos os profissionais da escola estejam envolvidos nesse processo de conscientização de que as funções são interdependentes e trabalham por caminhos diferenciados buscando alcançar o fim comum: a melhora da qualidade a do processo educacional.


ALVES, Nilda; GARCIA, Regina Leite. (orgs). O fazer e o pensar dos supervisores e orientadores educacionais. 7. ed. Edições Loyola: São Paulo, 1994


Em 2004, fiz uma pesquisa junto aos professores e gestores das escolas estaduais do município de Presidente Médici, bem como junto aos Orientadores Educacionais de cada uma dessas unidades de ensino. O foco principal era a identidade do Orientador Educacional na escola, seu papel e suas atribuições, este texto é um trecho do relatório.

sábado, 9 de maio de 2009

Conhecendo Cora

Estive numa palestra essa semana, na Representação de Ensino, com um pessoa iluminada: Professor Locimar Massalai. Além do muito que aprendi, fui apresentada a um poema de Cora Coralina. Gostei, busquei mais e fiquei fã.
Saber Viver
Não sei...
Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar

Entrevista Com Orientadora Educacional, Professora Clarissa A. Szadkoski




Um pouco da sua história
profissional, profª Clarissa...

Edilene, sou Professora de Inglês, Pedagoga, Orientadora Educacional, Psicopedagoga, Especialista em Indisciplina e Violência e Necessidades Especiais, Coordenadora de Escola de Educação Infantil e Professora Universitária de Graduação e Pós Graduação para cursos de Educação. Tenho 48 anos e trabalho há 33 anos. Atualmente sou Orientadora Educacional no município de Guaíba/RS concursada e Professora Estadual concursada para disciplinas de fundamentos da Educação para o Curso de Magistério, porém cedida para AOERGS há cinco anos. Lá atuo como Diretora Administrativa e respondo legalmente pela Associação. Coordeno duas Escolas de Educação Infantil em Guaíba e sou professora de Pós Graduação em vários cursos em Porto Alegre.

Muitos sistemas educacionais e escolas estão substituindo o OE pelo coordenador pedagógico, que acumula a função de Supervisor e Orientador. Por que é importante ter o OE na escola, hoje?


Nossa profissão é regulamentada por lei desde 1968, porém não é qualquer profissional que pode atuar em nosso lugar! O mesmo acontece com médicos, engenheiros, etc! A própria LDB dispõe sobre isso entre seus artigos 64 a 67. Apenas os profissionais formados em Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional ou Pós Graduação ESPECÍFICA em Orientação Educacional com no mínimo 360 horas MAIS o estágio podem atuar como Orientador Educacional! Por isso as Associações são imprescindíveis nos Estados para poder atuar e esclarecer isto. Aqui no RS por própria pressão da AOERGS nem o Estado aceita profissionais que não tenham esta habilitação nas escolas estaduais. E os municípios também obedecem a isto e olha que são mais de quinhentos. O Orientador Educacional é o único profissional dentro da escola habilitado e capacitado para trabalhar com os alunos e a comunidade escolar.

Fale-nos um pouco sobre conquistas da AOERGS.

Já falei um pouquinho acima, mas a AOERGS está presente em todos os eventos que falem da Orientação Educacional em todo o Brasil. Fazemos capacitação anualmente, através de Seminários, Cursos e Congressos. Vamos à Brasília semestralmente fazer pressão no Congresso Nacional e para a Reunião de Especialistas da Educação que ocorre lá duas vezes por ano. Neste semestre começa amanhã e duas colegas Diretoras já estão em Brasília. Junto com a ASFOE do RJ onde Miriam Grispun é Presidente e a AOESC onde Sônia Mello também é Diretora, lutamos pela manutenção da nossa profissão e por nosso direitos. Mato Grosso também tem uma associação muito forte com o Professor Gandhi e Brasília tem uma atuação forte dos Orientadores Educacionais, porém ainda sem Associação. Em São Paulo os Orientadores estão ligados à APASE. Há 43 anos A AOERGS lidera a luta dos Orientadores Educacionais em todo o Brasil.

Quais as vantagens que uma associação profissional traz para o Orientador Educacional?

Há a necessidade da criação de Associações em todos os Estados para que um Conselho Federal possa ser criado. Esta Associação pode oferecer capacitação anualmente, oferecer convênios aos associados, bem como atuar nas Secretarias de Educação dos Municípios e na Secretaria da Educação do Estado, lutando por concursos e pela permanência apenas de profissionais habilitados na função. Nossos associados pagam uma mensalidade de R$ 7,36 e isto vem diretamente da folha estadual e os demais municípios pagam por doc.

Uma questão que preocupa os OE é se terão que se desfiliarem do sindicato de professores para se filiarem a associação de OE...

Nenhum Orientador precisa se desfiliar de seu Sindicato para estar na Associação, são duas coisas completamente diferentes. A Associação não é um segundo Sindicato e sim uma Associação dos profissionais de Orientação Educacional. Aqui no Rio Grande do Sul existe o CPERS e praticamente todos os Orientadores são filiados a este sindicato e à Associação

Fale-nos um pouco acerca do momento atual da profissão de Orientador Educacional no Brasil.

Estamos lutando para a Profissão do Orientador Educacional ser valorizada no país inteiro. Infelizmente com o término dos Cursos em nível de Graduação nos deixou em uma posição delicada, no entanto atuamos no Brasil inteiro, por falta das Associações, quando sabemos que há Pós Graduação sendo oferecido sem o que foi mencionado acima.

Em que sentido a criação da FENAPOE poderá nos auxiliar neste momento?

A Federação dará mais força à Classe para que em seguida seja criado o Conselho, mas para isto precisamos do maior número possível de Associações no Brasil Inteiro.


Esta entrevista me foi concedida pela professora Clarissa via email e eu gostaria de agradecê-la pela gentileza e pela dedicação com que luta para que todos nós Orientadores Educacionais sejamos valorizados. Clap, Clap, Clap!