domingo, 17 de outubro de 2010

ELEIÇÕES NA PROVÍNCIA

Não é segredo para os que me conhecem que estou apoiando o 15 - Dr Confúcio Moura - para o governo do Estado de Rondônia e os motivos, além da clara competência do homem, que administrou uma das maiores cidades a cá dessas bandas por duas vezes e cujos resultados são comprovados pelo apoio que recebeu dos munícipes de Ariquemes no primeiro turno, é o (des) governo de CC - Cassol & Cahula - nesses últimos oito anos. 
Não é necessário ir longe para comprovar, basta verificar que na escola estadual em que trabalho a construção está em estado precário, com colunas que balançam, rede elétrica problemática e uma série de saletas construídas pela direção da escola, juntamente com pais e comunidade, tentando dar um jeitinho para que nenhum aluno fique sem estudar. Tiro o chapéu para essa equipe, mas o troféu "sem noção" vai para  um governo que durante dois mandatos não voltou os olhos para a única escola de ensino médio do distrito e quer continuar por mais quatro anos, a nos chicotear sem piedade.

Reproduzo aqui uma crônica do ilustríssimo candidato, Confúcio Moura, sobre os boatos que assombram eleitores incautos por aí: 

XÔ BOATARIA, XÔ!

Ah! santíssima oposição, a que eu não mereço, mas, a tenho, que de tão santa, tanto me desencanta. Mentes férteis  da maldição que enchem o Estado de ponta a ponta, qual nuvem imensa de gafanhotos querendo destruir plantações inteiras. Mas, não conseguirão.

Podem ficar tranquilos seus malucos da silva, que vocês não vão indicar o meu secretariado. Embora tentem nomeá-los não o farão e todos aqueles que vocês estão dizendo por aí, que estão no meu time de trabalho nenhum deles fará parte. O meu time eu escalo.

Sobre o meu livro CALEIDOSCÓPIO que de tanto vocês fazerem tanta propaganda, quero dar um pulo no Shopping em Porto Velho, livrarias, porque tenho certeza quea primeira edição já estará esgotada porque vocês tem feito muita publicidade dele. Aqueles que ainda não compraram um exemplar - corram logo ao shopping em Porto Velho para aquirir o seu.

Sobre a volta ao passado, nem preciso falar dos valorosos nomes que vocês tanto querem magoar, o povo de Rondônia já julgou o Raupp, foi agora, dia 3 passado o mais votado senador da república deste Estado. O que querem mais?

Bem, seus mentes férteis, uma coisa vocês aprenderam a fazer muito bem, semear boatos em terra do deserto, pra mim foi ótimo que voces não aprederam a colher votos. Este maná, pela graça divina foi descortinado apenas pra mim. Ainda bem. Colham então, os frutos de suas plantações de veneno e ódio e nada mais.



MANIFESTO DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.