PLANO DE AÇÃO DO SOE


GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE MÉDICI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
E.M.E.F. PROFESSOR LUIZ CAPILLA
SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL










PLANO ANUAL DE TRABALHO















Presidente Médici, fevereiro de 2008

IDENTIFICAÇÃO

E.M.E.F. PROFESSOR LUIZ CAPILLA
Av.Carlos Gomes, 2258 Bairro Cunha e Silva.
Presidente Médici - RO


DIRETOR
Paulo César Batista

VICE-DIRETOR
Hamilton Wander da Costa

SECRETÁRIO
Antonio Alves Ferreira

SUPERVISÃO
Rozeli de Souza Barcelos
Roberto Mamédio Bastos

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Edilene Ferreira Gama

ANO LETIVO
2007


PLANO ANUAL DE AÇÃO DO SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 2007


HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

TURNO
HORÁRIO
RESPONSÁVEL
Matutino
7:30 às 11:45
Edilene Ferreira Gama
Vespertino
13:30 às 17:15
Edilene Ferreira Gama


CRONOGRAMA SEMANAL DE ATENDIMENTO

SEGUNDA FEIRA
TERÇA FEIRA
QUARTA FEIRA
QUINTA FEIRA
SEXTA FEIRA
Atendimento a alunos
Atendimento a pais
Atividades de Planejamento e Organização
Projetos específicos
Atendimento a professores



ORIENTADORA EDUCACIONAL

              Edilene Ferreira Gama, graduada em Pedagogia, com habilitação em Orientação Educacional, pela União das Escolas Superiores de Cacoal, em julho de 2004.



_____________________________________
                                                   DIREÇÃO
JUSTIFICATIVA

              Todo empreendimento humano deve pautar-se pelo planejamento das ações visando maximizar a eficácia do mesmo. No setor de Orientação educacional não é diferente, pois o serviço do Orientador, sem planejamento, torna-se um ativismo inútil, correndo o risco de se perder e não alcançar nenhum objetivo válido no processo ensino aprendizagem.
               O plano é resultado de um planejamento prévio que visa uma intervenção responsável e consciente do Orientador Educacional no ambiente escolar, evitando que o mesmo seja tão somente um solucionador de problemas aleatórios e individuais que não tem eficiência duradoura.
              Este plano será dividido em subunidades bimestrais a fim de facilitar a sua execução, porquanto o valor do mesmo existe à proporção em que deixa de ser um ritual burocrático para ser um guia das ações do Serviço de Orientação educacional.
              Quando planeja sua ação, além de se tornar mais eficiente, o Orientador Educacional pode também avaliar sua prática e refletir sobre sua intervenção no processo de ensino aprendizagem, buscando modificar os pontos nos quais tais medidas se fizerem necessárias.
              O plano não é um molde rígido ao qual está submetido o trabalho do SOE, mas um caminho que possibilita mudança de rumo, como fruto das reavaliações que forem ocorrendo durante o ano letivo.
              E, finalmente, através do plano anual de ações, a comunidade escolar poderá conhecer e avaliar a atuação do Serviço de Orientação Educacional oferecendo suporte para um feedback realista que servirá de base para mudanças e reestruturações futuras.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

              O Serviço de Orientação Educacional, sob coordenação da Orientadora Educacional Edilene Ferreira Gama busca privilegiar as ações de cunho coletivo em detrimento de atendimentos terapêuticos individualizados.
              A linha filosófica que norteia essa ação está presente nos trabalhos de Grinspun, Pimenta e Luck, na qual o SOE se afasta do setor faz-tudo e resolve-problemas para assumir identidade como profissão que partilha do processo pedagógico, e não à margem dele.
              Além de respeitar os princípios propostos pela educação nacional na LDB 9394/96 e na lei 5564/1968 que rege a profissão do Orientador Educacional, basear-se ainda nos seguintes princípios:
·         A orientação educacional é um processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado em todo o currículo escolar;
·         A orientação educacional é um processo cooperativo em que todos os educadores e, em especial, o professor assumem um papel de relevância;
·         A orientação educacional vê o aluno como ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os seus aspectos;
·         A orientação educacional é um processo de assistência direta ou indireta a todos os educandos indistintamente;
·         A orientação educacional procura antes de tudo promover situações e condições que favoreçam o desenvolvimento do educando e prevenir situações de dificuldades, e não estabelecer-se como recurso de remediação de problemas já criados.
              Conforme afirma Grinspun (Online, 2003) “a chamada é para que meu trabalho o ajude enquanto aluno...”


ANÁLISE DAS DIFICULDADES E NECESSIDADES

              Um dos principais problemas da escola é a baixa qualidade do ensino principalmente nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.
              Há também, em virtude do alto índice de repetência e evasão escolar, uma grande distorção idade/série que gera distúrbios em sala e dificuldades de entrosamento e adaptação, não só entre alunos, mas também entre alunos e professores.
              Agravados pelo baixo nível econômico e cultural da população atendida no turno vespertino, existem os problemas da iniciação sexual precoce, gravidez na adolescência, prostituição infanto-juvenil, uso de substâncias entorpecentes como álcool, cigarro, maconha dentre outros.
              Pode ser observado, através das fichas do SOE, a existência de diversas patologias relacionadas à falta de higiene como micoses, escabiose, infecções de ouvido, dentre outros.
              Os pais de muitos alunos têm dificuldade em lidar com a disciplina no seio da família o que torna comportamento do aluno desajustado ao ambiente escolar e sua convivência interpessoal tumultuada.
              Somam-se a estes problemas, o despreparo da comunidade escolar para receber e educar o portador de necessidades especiais que já se encontra freqüentando o ambiente escolar.
              Correlacionado a este problema, está a multirepetencia, que faz com que alunos permaneçam até 5 anos na mesma série sem que haja qualquer problema visível.
              As perspectivas de futuro profissional dos alunos são baixas, de acordo com sondagem feita pelo SOE; a noção da importância da aquisição do conhecimento formal é inconsistente, mesmo entre os pais que afirmam ser possível sobreviver sem escolarização.
              Há também, por parte dos professores um sentimento de impotência em relação a aprendizagem de alunos com deficiência, problemas familiares extremos, em situação de miserabilidade ou ainda cuja família não forneça o apoio necessário ao processo educacional.


QUADRO DE LEVANTAMENTO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Série/
Quantidade
Necessidade
laudo
1
Epilepsia
Sim
2
DM
Em processo
2
DM
Não
1
DF
Sim
1
DV
Sim
1
DM
Não
2
DF
Sim
1
DM

1
Epilepsia
Sim
1
Epilepsia
Sim

OBSERVAÇÃO: Todos estão em fase de obtenção do laudo através de parcerias entre as secretarias.

QUADRO DE RELATÓRIO DE MATRÍCULA INICIAL DE 2007
TURNO MATUTINO


Turma
Repetentes
Iniciantes
  
---
22
17
05
07
28
02
35
04
36
06
22
09
30
01
27
--
33




TURNO VESPERTINO
Turma
Repetentes
Iniciantes
 
00
15
2ªª
07
13
09
18
04
17
01
21
07
27
03
16
--
21
--
--













NECESSIDADES BÁSICAS DOS ALUNOS

EDUCACIONAL
·         Melhorar o nível de leitura e escrita;
·         Melhorar o conhecimento matemático;
·         Desenvolver o raciocínio lógico dedutivo.
 SOCIAL
·         Aprender a respeitar as regras do grupo;
·         Desenvolver a habilidade de resolver pacificamente os conflitos;
·         Aprender a dialogar com os professores e demais membros da comunidade escolar;
     
PROFISSIONAL
·         Conhecer um universo maior de profissões;
·         Desenvolver expectativas acerca do próprio futuro educacional;
·         Valorizar a escola como local onde se prepara para uma vida profissional.

     
          EMOCIONAL
·         Desenvolver a auto estima e a segurança;
·         Ser capaz de se auto motivar;
·         Aprender a tomar iniciativa;
·         Desenvolver habilidade de auto avaliação.


OBJETIVO GERAL

              O Serviço de Orientação Educacional tem como objetivo auxiliar no processo educacional, de maneira ampla, privilegiando o desenvolvimento de todos os alunos no que se refere ao aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a aprender, atuando principalmente no âmbito dos temas transversais: ética, cidadania, saúde, meio ambiente e educação sexual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1ª a 5 série
6ª a 8ª série
Combater a evasão escolar
Combater a evasão escolar
Divulgar as normas de convivência
Divulgar as normas de convivência
Trabalhar a Orientação de Estudos
Trabalhar a Orientação de Estudos
Desenvolver projeto de atendimento do PNE.
Desenvolver projeto de atendimento do PNE
Implantar projeto sobre higiene e saúde.
Implantar projeto sobre Orientação sexual e puberdade.
Implementar Projeto de auxílio aos pais na educação familiar
Desenvolver Projeto de combate ao uso de entorpecentes.
Estabelecer parcerias com entidades de saúde a fim de encaminhar os educandos.
Implementar projeto de Orientação Profissional.

Desenvolver projeto do Jornal escolar.

Implementar projeto de auxílio aos pais na educação familiar.

Estabelecer parcerias com entidades de saúde a fim de encaminhar os educandos.


CRONOGRAMA MENSAL

MÊS
AÇÃO
FEVEREIRO
Elaborar plano e trabalho do SOE.
MARÇO / ABRIL
Levantamento e divulgação do rendimento escolar 2006.
Eleição de membros para Conselho de Classe.
Divulgação do Regimento Interno entre professores e alunos.
Elaboração de projetos.
MAIO
Implementar projeto de jornal escolar.
Priorizar o processo de inclusão do PNE.
Trabalhar a Orientação de Estudos.
JUNHO
Implementar Projeto de Higiene e Saúde.
JULHO
Implementação do Projeto de Orientação Profissional;
AGOSTO
Realizar projeto sobre Sexualidade;
Iniciar projeto Limites na família.
SETEMBRO
Dar continuidade aos projetos implantados
OUTUBRO
Dar continuidade aos projetos implantados;
NOVEMBRO
Dar continuidade aos projetos implantados;
DEZEMBRO
Avaliar o desenvolvimento dos projetos;
Avaliar o trabalho do SOE e elaborar um relatório com o resultado.


RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS DISPONÍVEIS NA ESCOLA

              A escola conta com quadro quase completo de profissionais, embora o n° de alunos por Orientador Educacional esteja acima do recomendado.
              Os recursos físicos são os mais tradicionais, pois a evolução tecnológica ainda não chegou à escola, de modo que não há internet, nem impressora ou mesmo computadores disponíveis para uso dos alunos e professores.
              O SOE não dispõe de espaço físico próprio, nem de computadores, nem de biblioteca específica ou recursos pedagógicos próprios do setor.
AVALIAÇÃO

              O Serviço de Orientação Educacional será avaliado ao final do ano letivo, a partir dos relatórios dos projetos por ele executados e também das ações que constam no Plano de Ação.
              Com base nestes e nos dados levantados pela secretaria escolar, estatísticas e outros, e também a partir da opinião dos envolvidos no processo educacional, em toda a comunidade escolar será elaborado o relatório das atividades desenvolvidas pela Orientação Educacional  no ano de 2007.
















SINOPSE DE PROJETOS


TEMA: Higiene e saúde

ABRANGÊNCIA: turmas de 1ª a 5ª séries.
OBJETIVO: Conscientizar os educandos acerca da importância dos hábitos de higiene levando-os a incorporá-los em seu cotidiano.
DATA PREVISTA: MATUTINO – 21 a 25/05/2007
                               VESPERTINO – 14 a 18/05/2007
META: Fornecer aos educandos informações relevantes acerca da importância da higiene pessoal tanto para a saúde quanto para a convivência em sociedade, incentivando-os a adotarem tais medidas em seu cotidiano.
METODOLOGIA: trabalhar com os alunos em suas respectivas turmas, utilizando técnica de seminário, recursos audiovisuais e parcerias com os profissionais de saúde. Propiciar a possibilidade de debate e pesquisa sobre o tema em questão.
TEMAS ABORDADOS:
Cuidados básicos de higiene: unhas, cabelos, orelhas, pés.
Odores corporais.
Doenças relacionadas à falta de higiene.
Higiene bucal.
Higiene íntima.

TEMA: Orientação sexual e puberdade

ABRANGÊNCIA: turmas de 6ª a 9ª séries.
OBJETIVO: Conscientizar os educandos acerca do seu próprio corpo no que concerne a sexualidade e as mudanças referentes ao processo pubertário.
DATA PREVISTA: MATUTINO – 14 a 21/08/2007
                               VESPERTINO – 21 a 23/08/2007
META: Fornecer subsídios para que os adolescentes e pré-adolescentes possam compreender as transformações que estão ocorrendo em seus corpos e encarar com naturalidade e responsabilidade as questões que envolvem a sexualidade.
METODOLOGIA: grupos com participação espontânea, em horário oposto ao do turno da matrícula, utilizando técnica de GV/GO, recursos audiovisuais e dinâmicas de grupo para incentivar a participação de todos.
TEMAS ABORDADOS:
Aspectos biológicos da puberdade.
Aspectos psicológicos e sociais da puberdade.
Gravidez na adolescência.
DST’s.
O prazer e o direito ao pleno exercício de sua orientação sexual.








TEMA: Jornal Escolar

ABRANGÊNCIA: turmas de 6ª a 9ª séries.
OBJETIVO: Elaborar um jornal mural, por bimestre, totalmente escrito pelos alunos, incentivando um maior domínio da Língua Portuguesa.
DATA PREVISTA: A partir de Maio de 2007
META: Formar uma equipe de alunos com o objetivo de editar um jornal no ambiente escolar.
METODOLOGIA: divulgar a idéia nas turmas, incentivando a participação voluntária. Formar equipe para trabalhar com os diversos cadernos que compõe um jornal. Realizar uma reunião de pauta por bimestre e um reunião de acompanhamento e coordenação por mês. Coordenar a digitação e impressão do jornal.
AVALIAÇÃO: Os resultados serão avaliados por toda a equipe escolar, através de enquête a ser publicada no próprio jornal.

TEMA: Inclusão do Portador de Necessidades Especiais

ABRANGÊNCIA: toda a escola
OBJETIVO: Proporcionar ao PNE a possibilidade de inclusão escolar, procurando melhor atender suas necessidades.
DATA PREVISTA: A partir de Maio de 2007
META: Melhorar as condições educacionais para o PNE dentro do ambiente escolar.
METODOLOGIA: Realizar a chamada dos pais dos PNEs, para levantamento das  condições gerais e educacionais do aluno. Promover reuniões com professores que trabalham com PNEs. Enviar consulta ao CEE/RO acerca da promoção do PNEs. Promover parcerias com outras secretarias para melhor atender ao PNEs. Acompanhar o desenvolvimento e a aprendizagem do PNEs no ambiente escolar. Conscientizar os outros alunos acerca do respeito às diferenças e a dignidade da pessoa humana.

TEMA: Limites na família

ABRANGÊNCIA: Pais de alunos com comportamento inadequado no ambiente escolar.
OBJETIVO: Orientar os pais de alunos indisciplinados acerca de pontos importantes na hora de educar e dar limites aos filhos.
DATA PREVISTA: 30 de agosto de 2007
METODOLOGIA: realizar um encontro para discutir temas pertinentes à educação de crianças e adolescentes para torná-los sadios e integrados à vida comunitária.
TEMAS:
Ø      Características biológicas e psicológicas das crianças e adolescentes.
Ø      A importância da dinâmica familiar na formação da personalidade.
Ø      Ensinando o quere na criança.
Ø      O respeito ao espaço do outro também se aprende.
Ø      A importância dos sonhos.
Ø      Ensinando pelo exemplo.
AVALIAÇÃO: Os pais participantes avaliarão a validade do que for discutido e  trabalhado.



TEMA: Orientação Profissional

ABRANGÊNCIA: 9ª série.
OBJETIVO: Oferecer subsídios para que os alunos realizem uma escolha profissional consciente.
DATA PREVISTA: 1ª etapa: abril/07
                              2ª etapa: junho/07
METODOLOGIA: 1ª etapa: realizar sondagem de interesses e aptidões profissionais. 2ª etapa: oferecer informações acerca das profissões sobre a qual houver interesse, através de seminários, palestras com profissionais da área, etc.
TEMAS:
Ø      O mundo do trabalho;
Ø      Fatores importantes na escolha da profissão;
Ø      Cursos Superiores existentes no estado de Rondônia;
Ø      A questão financeira: mercado de trabalho e remuneração.

AVALIAÇÃO: os participantes avaliarão e oferecerão sugestões no decorrer do próprio projeto.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALVES, Nilda; GARCIA, Regina. O fazer e o pensar dos Supervisores e Orientadores Educacionais. São Paulo: Loyola, 1986.

GRINSPUN, Mirian P.S. Zippin (org.). A prática dos Orientadores Educacionais. São Paulo: Cortez, 1998.

LUCK, Heloísa. Planejamento em Orientação Educacional. Petrópolis: Vozes, 1991.

PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola publica. São Paulo: Loyola, 1986.