sábado, 24 de julho de 2010

CONTRADIÇÕES

Sobre a atuação do OE, Grinspunn (2003) dizia:
“o meu olhar sobre ele é como aluno, é uma chamada para que meu trabalho o ajude dentro da escola [...] vendo-o enquanto aluno eu não estou fragmentado o todo, porque estou trabalhando a questão do conhecimento, da emoção, do corpo”
Em 2010, a mesma autora, em outra entrevista diz:  "Já o orientador não tem currículo a seguir. Seu compromisso é com a formação permanente no que diz respeito a valores, atitudes, emoções e sentimentos, sempre discutindo, analisando e criticando." 
Claro que todos nós mudamos de idéia no decorrer da vida e isso é sinal de que estamos crescendo, mas o OE não tem firmeza ainda sobre qual seja o seu papel no ambiente escolar e no fazer pedagógico. No mais das vezes, ser Orientador Educacional significa tentar atender as expectativas de professores, alunos, pais e direção escolar quanto aquilo que se espera que ele faça. Um trabalho organizado dessa forma é na verdade fonte de frustração porque, além de exaustivo, não produz resultados duradouros.
A literatura específica é contraditória, não se encontra sobre o cerne da questão e a formação oferecida nas faculdades deixa muito a desejar e esse quadro tende a piorar com formação em nível de especialização, pois a maioria desses cursos não cumprem os requisitos legais de carga horária e estágio.
Na primeira entrevista, vemos Grinsppun defendendo uma orientação que olhasse o aluno enquanto aluno, mas na segunda ela admite a impossibilidade dessa postura porque é preciso muitas vezes esquecer o aluno e buscar o indivíduo e sua realidade, para atingir o objetivo de auxiliá-lo no processo educacional.
Muitos teóricos da Orientação Educacional desacreditam do atendimento individualizado porque torna o OE um profissional apenas a serviço de alguns alunos, mas as propostas no sentido de  um atendimento coletivo ainda são incipientes e devido à grande demanda por aconselhamento, partindo de alunos, pais e professores falta tempo para colocar em prática os projetos sonhados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E ESTE BLOG



Observando as estatísticas é possível verificar que a maioria dos leitores está em busca de conteúdo sobre Orientação Educacional e também ajuda na formação acadêmica. Gosto muito quando deixam comentário pedindo auxílio com entrevistas e orientações sobre a profissão. Retorno sempre que posso e nesse intuito também estou entrando em contato com outros orientadores educacionais para que possamos formar uma rede de OEs, país a fora e trocarmos experiência sobre nossa profissão, idéias para melhorarmos nossas práticas. Aproveito esse micro post pra deixar um link sobre um tema que colocarei em discussão depois, é da revista Nova Escola

Aproveitando o espaço, quero recomendar o blog da Francisleide Rodrigues dos Santos Orientadora Educacional na Diretoria Regional de Ensino de Colinas, que tem bastante informação do nosso interesse.

terça-feira, 20 de julho de 2010

É PRECISO SABER VIVER

Um belo fim de tarde, depois de tanto frio, Geovana se aventura no quintal enquanto trabalho. De repente, um grito:_ Mããããããe!  Saio voando e a encontro apontando o dedo para o alto:
_ Olha a lua! 
Eu, de olhar domesticado, sentencio:
_ É bonita, mas está lá no alto.
_ Me arruma, tipo uma escada e eu trago ela pra você.
Fico com um nó na garganta, porque essa gente pequena pode tudo.
Volto ao meu posto e um novo "Mãããe!" me põe em alerta, mas continuo fingindo que não ouvi. Pouco depois ela entra batendo os pezinhos.
_ Eu te chamei e você não foi. Queria te mostrar uma pipa brilhante pra você ver comigo.
Peço desculpas, esqueço o assunto e "Mãããe! A pipa voltou". Não posso recuar, me ponho em marcha e juntas observamos enquanto a rabiola passeia no céu. Minha filha desconhece o impossível e solta mais uma:
_ Mãe, com uma 'cadeirona' bem 'glandona' eu consigo pegar essa pipa. 

segunda-feira, 19 de julho de 2010


Este não é um blog sobre política ou  campanha eleitoral, mas vai abrir uma exceção para falar de uma pessoa muito especial, que é candidato a deputado estadual aqui na boa terra: RAIMUNDO NETO. De todos os motivos que me levaram a essa atitude, o primeiro é que o conheço muito bem e posso recomendar sem medo de errar, afinal de contas é meu pai.
 Além dessa qualidade insuperável, todos os que o conhecem hão de concordar que ele é muito inteligente, homem de bem que sempre se dedicou ao bem da comunidade, desde que eu era criança e isso não faz tanto tempo assim. Nunca fugiu das boas lutas, esteve sempre procurando resolver os problemas por onde passou.
Quando moramos em Urupá, antes da emancipação, montou e mantinha um posto de Correio, sem receber nada em troca, apenas para facilitar a vida do povo. Cedeu parte do lote para a construção da Cagero, conseguiu junto ao governador um carro para transportar os doentes até Ouro Preto, cidade mais próxima, dentre outras realizações que minha memória de menina não conseguiu guardar.
Em todos os lugares por onde moramos, procurou servir ao próximo, dentro do espírito cristão que sempre o caracterizou. Sempre foi um homem honrado e um bom pai, que me proporcionou as melhores lembranças de infância e me ensinou a educar sem violência, a não mentir e ter iniciativa.
Um grande empreendedor, um homem que iniciou na vida com poucas perspectivas, sem o apoio do pai e trabalhando na terra dos outros e que com grande sacrifício criou os filhos e construiu seu patrimônio. Sobre ele diz um grande amigo: - Seu pai não envelhece porque está sempre buscando alcançar novos horizontes, desbravar novas fronteiras, é incansável. 
Agora ele se lança nessa nova jornada, que eu creio será um sucesso, pois não lhe faltam ideais e vontade de trabalhar.  Te amo, Pai.

sábado, 10 de julho de 2010

COMENTÁRIOS DO FRONT


A Copa do Mundo termina amanhã e tenho dois comentários atrasados:
  1. Ganhei o bolão: Brasil 1 X 2 Holanda; pena ser só R$ 100,00.
  2. O troféu "Sem Noção" vai para Kaká, por não conseguir interpretar o que o  Juca Kfouri falou no blog e levar tudo para o lado religioso; o cara elogia o desempenho dele e ainda ganha paulada.

ÍNTIMO

Estive afastada do computador por um longo tempo e tenho sido uma semente escondida, ouvindo os movimentos subterrâneos ecoando dentro de mim. Há uma turbulência de acontecimentos cotidianos, mas estou encasulada e procrastino as tarefas cotidianas para sentir  o indizível pulsar das minhas veias.  A aparência e o movimento externo da vida passa como na janela de um trem e assisto indiferente, esperando o que toma forma a minha frente, mas ainda é invisível.